05/07/2008

Rosto da noite

Olho o rosto da noite. Um rosto cansado de esperar o fim do dia, um rosto cansado de nos seus ombros carregar paixões, ilusões, sonhos…
Deparo-me com esta osmose de sensações. Não sei se transportei este cansaço da noite para mim ou se, por contrário, vitimei e companhia da lua e suporte das estrelas com o meu próprio cansaço.

Olho o rosto da noite, que descubro nas sombras de um sonho. Um sonho que procuro na rua, a vaguear no negro da noite escura.

Também a noite escura vai fugir de manhã, carregando o seu rosto cansado e as paixões, ilusões, sonhos…também cansados, que não lhe pertencem.




Pois, é esta noite que vem no fim de todos os meus dias. É na companhia desta noite que espero os primeiros raios de sol, que marcam o que nenhum relógio diz… as horas de deixar o sonho e ir dormir.



by:
Culpado

01/07/2008

inacabados 5

Pedisse eu um desejo,
Pudesse eu amar.
Não era o teu beijo,
Ou sequer o teu olhar.

Quisesse eu o mundo
Tivesse eu um jazigo.
Serias por um segundo
O meu pior castigo.

Sentisse eu saudade,
Voltasse o tempo a trás.
Apagaria a idade
E todas as recordações más.




acabem, que eu não consegui, ou não me apeteceu, ou queria outro final, ou...

inacabados 4

Rouba-me um sorriso,
Rouba-me um beijo.
Rouba o que quiseres,
Mas rouba com desejo.

Leva-me o bater do coração,
Leva-me o brilho do olhar.
Leva o que quiseres de mim,
Na certeza que o não vou buscar.



acabem, que eu não consegui, ou não me apeteceu, ou queria outro final, ou...

inacabados 3

Por entre sonhos e verdades,
de verdade que sinto saudades
de sentir liberdade e acreditar
que tudo posso mudar se lutar,




acabem, que eu não consegui, ou não me apeteceu, ou queria outro final, ou...

inacabados 2

saudades do teu olhar
saudades do teu sorriso
vontade de te ter aqui
querer dormir agarrado a ti
é assim que me sinto agora,
enquanto espero a tua demora




Eu acho que isto tinha mais alguma coisa (porque é que eu digo isto se tenho certeza mesmo?), mas eu perdi-o.

acabem, que eu não consegui, ou não me apeteceu, ou queria outro final, ou...

inacabados 1

Continua a haver tempo para nós,
Porque a cada noite que passa,
Não deixo de sonhar com a tua voz.

Continua a haver espaço para nós
Porque a cada noite fria
Sei que os dois estamos sós.

Continua a haver uma porta aberta
Que eu não tive coragem de fechar



acabem, que eu não consegui, ou não me apeteceu, ou queria outro final, ou...

...ou isso...


Há alturas em que temos de esquecer aquilo que somos e aquilo em que acreditamos.
Porque nem sempre estamos certo, porque o erro está na nossa natureza.
Por vezes é bom sabermos que erramos, sentirmos-nos frágeis, descobrir que somos de carne e osso.
Embora às vezes me pergunte se o erro está na minha natureza, ou se é a minha natureza.
De qualquer forma tenho a certeza de não errar ao dizer "Não há professores melhores que os nossos próprios erros.... A VIDA MOLDA-NOS."



P.S.:O super-homem também caga


by: Culpado

este fica dedicado a quem se queixou de eu já não escrever há muito tempo. qualquer dia volta a ser em verso...para já, ficam alguns que andavam perdidos nos arquivos

Toda a gente é livre de os acabar!

19/05/2008

King Nothing


Onde está a tua coroa, Rei de Nada?
Que és dono e senhor de coisa nenhuma,
tudo o que te pertence é de outros.
Fazes do meu mal a tua fortuna?

Onde está a tua coroa, Rei de Nada?
Que precisas do meu mal para teu bem.
Respiras o ar que me falta e dizes que é teu.
Queres encontrar tua imagem no espelho de alguém?

Onde está a tua coroa, Rei de Nada?
Tratas como sendo tua minha ambição.
Queres como teus os meus sonhos.
Onde está o teu reino? Teus servos onde estão?

Onde está a tua coroa, Rei de Nada?
Que te pertence, de verdade?
Não és senhor sequer da própria idade.
Onde está a tua coroa, Rei de Nada?





by: Culpado
"Quer pouco, terás tudo. Quer nada, serás livre." (Fernando Pessoa)

15/05/2008

Silêncio

Procuro silêncio para me ouvir pensar.
Aquele silêncio que grita alto o azul do mar.
Quero silêncio para escutar o que sinto,
o mesmo silêncio roubado por outro absinto.
Faça-se silêncio para escutar minha alma.
Aquele silêncio que, só por si, transmite calma.
Preciso-o como nunca, para pensar em mim.
Preciso-o agora, antes que a noite chegue ao fim.
Demando-o impacientemente. Encontro-o ensurdecedor,
como se no lugar dele existisse ainda mais dor.
Devoro-o aqui, neste sombrio canto.
Só eu e o meu silêncio, neste momento de encanto.
Fico preso nesta madrugada apaixonante.
Fico eu, eu!...e este silêncio que é minha amante.



by: Culpado

13/05/2008

Tirem-me a caneta da mão!

Nem os mais belos versos são poesia minha.
Se os escrevo, é por ti
E para ti os deixo aqui.



Desenho teus traços,
procuro-te em espaços.
Imagino-te em segredo,
apaixono-me com medo.
Quero-te com paixão,
perco toda a razão.
Refugio-me no escuro,
negando a mim mesmo que te procuro.

by: Culpado

05/05/2008

TILT

Uma sociedade regida por estereótipos falsos e banais,
em detrimento dos tão aclamados ideais,
faz da realidade a que chamamos liberdade uma mera ilusão.
Enchemos o peito para dizer como somos e como os outros são,
não vemos que nos moldámos a um mundo de expectativas,
em que tudo são imagens de pessoas repetidas.
Falamos de um sonho que não queremos mais seguir,
acomodamo-nos e deixamos outros decidir,
enquanto assistimos o nosso caminho a fugir.

Denominamo-nos senhores da razão,
sem fim, erramos, e não pedimos perdão.
Rejeitamos culpas e não toleramos conselhos
daqueles por quem nos apoiamos de joelhos.
Devoramos almas de anciãos confirmados,
ao som dos seus preconceitos errados, cansados, desgastados…





by: Culpado


Este já estava há algum tempo para ser escrito... desde o tempo em que eu ando com falta de tempo.

Quem quiser que continue, quem não entender que pergunte.

11/03/2008

Estranho

oh, coisa estranha o pensamento,
que não dura mais que um momento!
capaz de provocar tamanho sofrimento…
ou de nos incutir enorme alento.

oh, animal estranho eu!
que não chora pelo que sofreu,
chora apenas por não ser teu…
ou chorava, que já te esqueceu.

oh, palavra estranha “adeus”,
quando dita por lábios meus
ainda à procura dos teus.
mas ainda assim…adeus.

by: Culpado





Somos estranhos nesta existência. Nunca sabemos o que procuramos, mas estamos sempre confiantes que vamos encontrar.

Eu acho-me estranho…mas isso sou eu, e eu dou razão a quem me chama louco, admito que, no mínimo, sou um pouco.

Mas sou um louco consciente. Tenho plena consciência que quando ler isto que escrevi nem eu vou entender. Mas as páginas onde escrevo estas loucuras são baratas, eu aproveito.

15/02/2008

sem titulo

Não é o frio do Inverno que me gela o peito.
É o horizonte estar tão distante,
Meus sonhos arrumados na estante
E a cada pensamento me sentir desfeito.

Não é o escuro da noite que me cansa.
È o relógio não girar como o mundo,
A cada passo eu bater mais fundo
E a cada instante perder a esperança.

Não é o sol da manha que acaba a ilusão.
É o estar à procura de mim,
A procura chegar ao fim
E eu não encontrar solução.

by: Culpado




???? Porque é que esperança rima com cansa; solução com ilusão; peito com desfeito??????????

13/02/2008

Lugar dos sonhos

Gostei!
Porque nem só palavras fazem poesia!



12/02/2008

A verdadeira paixão

Tenho andado sem vontade, nem motivos para escrever.
Mesmo assim, fica aqui mais um poema de minha autoria.
Para quem não gostar... estimo bem.




Procuro a razão numa garrafa de cerveja,
Mais uma, onde tantas vezes a perdi já.
Grito ao mundo para que olhe e veja
Quando a garrafa vazia está.

Tento numa Sagres encontrar respostas,
Numa Super procuro companhia.
E nestas noites mortas,
Acabo com a carteira vazia.

Evito Tagus, Cergal,
E outras cervejas baratas,
Tolero, contudo, Cristal,
Que bebo até andar de gatas.

E assim sou, de felicidade fácil
E amores mil em copo ou garrafa
Posso dizer que sou hábil,
Mesmo que venha numa girafa.

Destas louras reza o poema.
De paixão já escrevi demais.
Cerveja é sempre um bom tema.
dizei-me agora que não gostais.

by: Culpado



Eu sei que não está bem como o resto dos posts, mas o blog é meu e eu publico o que quiser.

29/01/2008

Insanidade e demência

Agarro uma cerveja, puxo de um cigarro e sento-me naquela cadeira, que está tão sozinha quanto eu.
Não sei se é para a cerveja que falo, se para o cigarro, se para a cadeira, ou se falo mesmo comigo, ali sentado na companhia dos meus vícios.
Procuro as perguntas certas, para ouvir as respostas que quero. Até que aparece a derradeira pergunta, a que evitamos fazer a nós próprios dia após dia.

- Quem és? Responde-me agora que estamos aqui só os dois, ou só tu, ou só eu.
- Sou o mesmo, que conheces, conheço, conhecemos desde sempre.
- Sim, o mesmo de sempre sem dúvida. Mas agora, qual és?
- Não percebo!
- Sim, és o alegre, o triste? O audaz, o covarde? O sonhador…?
- Esses todos, dentro de mim, agora.
- E como consegues?
- Não entendo!
- Como consegues ser triste com esse sorriso? Estar alegre com essas lágrimas?
- Não sei, talvez eu tenha dentro de mim várias pessoas, à espera para sair. Afinal de contas todas estas perguntas sou eu, és tu, somos eu que as fazemos, todas estas explicações, és tu, sou eu, somos tu que as procuramos.

O cigarro apagou-se, a cerveja acabou-se e esta conversa chegou a um fim. Apresso-me a pegar outra cerveja, acender outro cigarro, sentar-me na mesma cadeira. Quero retomar esta conversa. Mas falta algo, falta alguém para esta conversa, falto eu.

- O que te falta?
- Mas porque não continuamos a conversa anterior?
- Porque eu, tu, nós não queremos?
- Desisto! Não entendo!
- Não escolhemos as conversas que temos. Mas diz-me, o que queres? Todos sonhamos com o génio da lâmpada, se ele aparecesse agora, que lhe pedias?
- Pedia-lhe… não sei, diz-me tu, que és eu.
- Pedias felicidade?
- Não daquela que dura um momento e passo o resto da vida à procura.
- Saúde?
- Não, eu não quero uma vida sem limites, não vale a pena jogar se sabes o resultado.
- Pedias…


Não, não outra vez, porque é que estas alucinações acabam quando eu sinto estar perto de uma resposta?
Bebo a cerveja de um trago, apago o cigarro a meio, abandono a cadeira vazia.
Saio porta fora, procuro perguntas nas ruas escuras.
Volto, cansado da viagem, sem perguntas, sem respostas, mas volto.

Eu continuo à procura das perguntas, das respostas, em mim.

by: Culpado

28/01/2008

Tarde demais

É tarde no dia de hoje,
É tarde o dia de hoje.
O tempo passou por nós
a correr, como quem foge
e eu não consegui agarrar-te,
com força, para te fazer ficar,
do meu lado, onde te desejo.
E agora procuro-te em toda a parte

É tarde nas horas,
É tarde a esta hora.
O relógio marca o atraso,
tarde para gritar teu nome rua fora.
E eu não tenho força para sair atrás de ti,
como quero e devia.
Fico quieto neste canto,
consertando o relógio que parti.











Já passou o tempo certo,
agora é tarde para te dizer que te quero perto,
cada vez mais perto de mim,
tal como estavas perto antes de chegar este fim.

Quebro relógios, rasgo calendários,
como se fossem culpados de um crime
que eu mesmo cometi, como vários.
Já é tarde e, por te perder…perdi-me.

by: Culpado
_ / | ... |

27/01/2008

Palavras minhas

As palavras fogem-me dos dedos,
que as querem agarrar e prender,
só para mim,
para não contar ao mundo meus medos.
Na volta pedem perdão.
Depois do mundo ser delas,
depois delas serem do mundo,
voltam para mim, para este caixão.
Após serem de todos, menos minhas,
as palavras que escrevi regressam,
arrastando saudade e memória,
regressam pesadas em asas de andorinhas.
Contam-me agora o que outros sentem,
nas palavras por mim sentidas,
avisam-me que outros mentem,
nas verdades por mim vividas.
Palavras que foram do mundo
e a meu peito retornaram.
agora é hora de as calar,
de as guardar bem no fundo.

by: Culpado

As rosas do cume

No cume daquela serra
Eu plantei uma roseira
Quanto mais as rosas brotam
Tanto mais o cume cheira

À tarde, quando ao sol posto
O vento no cume beija
Vem travessa borboleta
E as rosas do cume deixa

No tempo das invernias
Que as plantas do cume lavam
Quanto mais molhadas eram
Tanto mais no cume davam

Quando cai a chuva fina
Salpicos no cume caiem
Abelhas no cume entram
Lagartos do cume saem

Mas, se as águas vêm correndo
O sujo do cume limpam
Os botões do cume abrem
As rosas do cume brincam

Tenho, com certeza agora
Que no tempo de tal rega
Arbusto por mais mimoso
Plantado no cume, pega

E logo que a chuva cessa
Ao cume leva alegria
Pois volta a brilhar depressa
O sol que no cume abria

À hora de anoitecer
Tudo no cume escurece
Pirilampos do cume brilham
Estrelas no cume aparecem

E quando chega o Verão
Tudo no cume seca
O vento o cume limpa
E o cume fica careca

Vem, porém, o sol brilhante
E seca logo em catadupa
O mesmo sol, a terra abrasa
E as águas do cume chupa

As rosas do cume espreitam
Entre as folhagens d'além
Trazidas da fresca brisa
Os cheiros do cume vêm

E quando chega o Inverno
A neve no cume cai
O cume fica tapado
E ninguém ao cume vai

No cume dessa montanha
Tem um olho de água à beira
É uma água tão cheirosa
Que a multidão ansiosa
O olho do cume cheira

by:não faço a mínima ideia

Um abraço a quem me enviou esta pérola da literatura portuguesa... És grande!!!

Mais uma alucinação

Perco-me,
no feitiço arcaico d’uma caneta,
no encanto de uma folha.
E as paredes dão lugar a janelas,
abertas para o mundo.
Contemplo esta visão,
como se a procurasse.

Viajo,
nas formas pretas por mim desenhadas,
no contraste preto-branco.
E um papel transforma-se em magia,
as palavras em ilusão.
Apaixono-me outra vez
como se o procurasse, como se o necessitasse.

Reencontro-me,
no ritmo frenético das palavras,
na melodia da poesia…
E o tempo começa a andar mais devagar,
quase o sinto a parar.
Aproveito este momento,
como se o procurasse, como se o necessitasse…
…como se o desejasse.


by: Culpado

22/01/2008

Conversas com o escuro da noite

Perdi-me no cansaço da noite e comecei a escrever,
A fazer puzzles de palavras, como eu lhes chamo.
Comecei a escrever, para te tentar aproximar,
Como se a cada palavra estivesse mais perto de te ver.

Perdi-me na alienada solidão e comecei a rabiscar.
Entreguei a caneta ao outro eu que apareceu.
E a cada letra surgia um pensamento…
A cada verso viajava para outro lugar.

Esta demência encontrou em mim um lar,
Fez-me nascer asas nas costas.
Asas imponentes e de fogo, que me permitem voar
E no alto céu a pairar, paro para te olhar.

Volto desta viagem, regresso à realidade,
ao vazio d’esta mesma noite escura,
a esta escuridão que perdura.
Mas por momentos…voei de verdade.


by: Culpado
_ / | ... |

21/01/2008

Razão de escrever

Só conheço uma forma de escrever,
É escrever sem razão.
Porque a razão de eu escrever
Só a conhece meu coração.
É escutar o sentimento,
Meter-lhe uma caneta na mão.
Partir o relógio e esquecer o tempo,
Ficar ouvindo a mesma canção.
Aproveitar o cansaço e a demência.
Escrever estando sóbrio, isso nunca, não!

by: Culpado

20/01/2008

nada sobra


Corro teu corpo com meus dedos.
Faço de teu corpo meu templo,
paro neste instante o tempo.
Desvendo tua beleza com minhas mãos.
Quero-te como sempre,
neste mesmo lugar, mesmo à minha frente.
Encontro em teus lábios minhas palavras.
Resgato do céu a lua,
faço d’uma estrela, estrela tua.
Conto-te mil histórias num beijo.
Com histórias de amor e paixão,
abro-te as portas d’este coração.
Recupero em teus olhos minhas forças,
como um guerreiro em demanda,
que longe de casa, perdido anda.
Sinto tua respiração em meu peito.
Guardo esse momento, de verdade,
para o viver mais tarde, com saudade.
Perco-te na luz da manha.
Vejo-te sair, batendo a porta.
Realizo, então, que a noite está morta.
Nada sobra senão memórias
de teu corpo e de ti.
Da noite em que te amei…
…da manha em que te perdi.

by: Culpado

19/01/2008

Saudade e vontade


Dá vontade de rasgar estas folhas todas que me prendem neste quarto minúsculo.

Dá saudades de Dezembro, não sei porquê se há coisas que não me lembro em
Dezembro (e isto não tem nada a ver com álcool).

Dá vontade de beber uma cerveja a cada meia página e festejar com outra ao fim de cada exercício resolvido.

Dá vontade de sentir o ar bater-me no rosto a meio de uma viagem sem destino certo (o verdadeiro do pacotinho de açúcar da Nicola: “um dia largo tudo e … esse dia é hoje”).

Dá vontade de ficar um dia inteiro na cama, não é por preguiça, é só mesmo para aquecer os lençóis.

Dá saudade de ver o sol nascer e não pensar: “Pronto…pára de estudar e vai-te deitar”.

Dá saudade de ver o tasco cheio e demorar 10 minutos para chegar ao outro lado só porque parei à conversa.

Dá saudade de passar uma semana sem ver a caixa de e-mail, porque não estive tempo suficiente em casa para ligar o computador.

Dá vontade de beber uma mini sem medo e sem pensar: “ai…ui…se esta cai bem chama outras”…as outras que venham.

Dá saudade de ver o tele-jornal (ok…isto está mesmo mal), ou vegetar em frente da televisão a ver outra coisa qualquer, resumindo…não fazer nada, no sofá!

Como isto anda…eu até já tenho saudades de ter tempo para cozinhar.

Mas mais que tudo…esta tremenda saudade de fazer uma festa, estar com o pessoal todo e uma quantidade exorbitante de bebidas (só para não arranharmos a garganta à conversa…tipo a fazer de lubrificante!), voltar a ver mais garrafas que folhas de cadernos.



pqp Janeiro e exames _ _ _ / estou a ficar doente

18/01/2008

Fala-me com o teu olhar

“Olha-me nos olhos e diz-me o que vês.
Paixão? Amor? Solidão? Lamento?
Olha-me nos olhos!
O que tenho cá dentro?

Os olhos não mentem.
São o espelho da alma, dizem
Denunciam a mentira.
Exibem a verdade.
São o nosso sofrimento, amor, saudade.

Olha-me nos olhos e diz-me o que vês.
Acreditas agora que estás dentro de mim?
O olhar não mente.
Os homens sim!”

by: não me lembro




Não digas uma única palavra!
As tuas palavras não falam como fala o teu olhar e, por vezes, não dizem a mesma coisa.
Não digas nada!
Não acabes com o fascínio deste momento, em que, por instantes, os teus olhos são uma ponte para um novo mundo.
Cala-te!
Não me digas em palavras que queres que fique, quando me mostras o contrário.

Olha-me, como d’antes. Fala-me assim, como antes. Apaixona-me assim, outra vez.

Não és especial por eu te dizer que o és. És porque o sinto. Não vou transformar em palavras este encanto.
Não vou dizer que te quero, como um miúdo quer um brinquedo.
Não vou dizer que te amo, como dizem nos filmes.
Não te vou dizer nada, de todo.
Seria assassinar com palavras a magia que pertence ao momento.



_ / | ... |

09/01/2008

é a noite...é o teu corpo

É à noite que te procuro,
Na escuridão do pensamento
No negrume da solidão
…é o teu corpo que anseio.

É à noite que te vejo
No frio do sentimento
No gelo da tua ausência
…é o teu corpo que desenho.

É à noite que te quero
Na embriaguez da vontade
No veneno do meu desejo
…é o teu corpo que esculpo.

É à noite que me faltas
No espaço que deixaste
No vazio que criaste
…é o teu corpo que demando.

É à noite que te esqueço
Na tristeza do sofrimento
Na melancolia da saudade
…é o teu corpo que atormenta.

É à noite que adormeço
No sonho do regresso
Na ilusão do perdão
…é o teu corpo que falta


_ / | |

07/01/2008

Também tenho direito a um dia mau

Parado…sentado…a pensar…a sonhar…
…a resistir…
…sem sentir…braços cruzados…pensamentos congelados…
…vagueando…desesperando…
…vencido…
…perdido…escondido…
…conformado…inadaptado…surreal
…mortal…igual.


O meu coração bate devagar, tão devagar que não tenho a certeza que está a bater.
As minhas mãos tremem, tremem tanto e eu não consigo controlar.
As minhas pernas falham-me, tenho medo de cair, de não me levantar.
A minha cabeça está a latejar, não consigo pensar.
O meu mundo está a fugir, eu não consigo correr tão rápido. Deixo-o ir!
O próprio sol teima em não se mostrar, em não me iluminar.
Está frio, frio demais para eu sentir frio, para eu sentir o que quer que seja. Não sinto mais!

Descubro que sinto.
Afinal sinto!
Mas não sei o que sinto.
Um sentimento novo, um sentimento estranho, um sentimento vazio, sem sentido, tão vazio que não me deixa sentir mais nada. Nada a não ser desconhecido, um estranho para mim próprio.
Um sentimento que se alimenta dele mesmo e de mim, me possui, me controla, me torna fraco e me vence. Arrasta-me para pensamentos onde me perco, leva-me para sítios que desconheço. Perante este sentimento eu quase faleço.

Pela primeira vez, desde tempos incógnitos, eu não me conheço. Sei d’onde vim, não sei para onde vou, por onde vou, como vou, ou sequer se vou.
Pela primeira vez, desde incógnitas memórias, não me sinto ao leme d’este barco, este barco que parece afundar-se, este barco que, partindo uma garrafa, baptizei com o nome de vida, está a fugir do meu controlo, navegando ao sabor de marés. Eu nada mais faço que assistir. Assisto ao erguer de ondas que o querem naufragar, assisto ao rebentar de trovões que o querem rachar. Assisto a tudo à luz de relâmpagos que teimam em iluminar, iluminar este fim. Um fim adivinhado, aguardado, temido…o fim.

_ _ _ /

06/01/2008

My life is not for sale

Mal...bem,
Errado...certo.
Não me comparem a ninguém,
Queiram apenas ter-me perto.

Fraco...forte,
Derrotado...vencedor.
Não falem da minha sorte,
Falem antes de minha dor.

Entrada...saída,
Aqui...além.
Eu gosto da minha vida,
Uma vida dura para quem a tem.

by: Culpado


É assim que eu respondo a tudo o que querem que eu seja, eu sou o espaço destinada às reticências.
Não sou o super-homem, nem um inválido, nem estou mais perto de um, ou outro, estou no ponto onde sou EU.
Este EU que é meu herói desde sempre, que só eu conheço, que só eu aceito, que só eu sei compreender...EU



_/|| a última peça a tombar...sou EU

03/01/2008

Neve

Lindo!?
Lindo é abrir a janela do quarto e ver farrapos de neve bailando como se houvesse música tocando...e para mim começou a haver.

Fez-me lembrar quando era criança, quando eu fazia parte d'esta dança.

Fez-me lembrar que da nuvem mais cinzenta, pode cair chuva ou neve...e fez-me pensar, não é tudo assim? Tudo o que vemos nos pode causar chatices, mas também nos pode dar estas alegrias, estes presentes únicos.

...parou de nevar lá fora. A estrada, as casas, as árvores não estão cobertas de neve. Mas estou eu!

Ninguém me venha falar em praia, rio, montanha...isso está sempre lá...eu comecei o ano ano a ver nevar.


...EU GANHO!

...EU NÃO TROCO!



E de repente tenho os olhos a brilhar e um sorriso que nem eu sei disfarçar!

01/01/2008

Ano novo vida quase nova

Prometo que vou tentar dar motivos para sorrir a quem merece; que vou reconhecer quem me guia; que vou tentar ficar feliz com a felicidade dos outros.
Prometo que vou tentar ser mais responsável, tentar ter mais juízo, tentar ser mais calmo.
Prometo que vou tentar encontrar o meu caminho.

Não prometo que vou mudar, não prometo que me vou corrigir…prometo só que vou tentar…tal como já prometi muitas vezes (vezes sem conta).


Prometo que vou tentar continuar a viver um dia de cada vez
Prometo que vou tentar manter a minha alegria, o meu humor, os meus braços abertos para abraços, a minha porta aberta para festas.
Prometo que vou tentar que continuem a ser as pessoas mais importantes para mim (vocês sabem quem são).

Prometo que vou tentar, porque nem tudo o que sou é mau, há coisas em mim que eu gosto e quero manter, não sei se vou conseguir…mas vou tentar.


Acho que estes são os desejos de toda a gente para um novo ano, pelo menos os meus são (já há alguns anos…pode ser que este ano resulte).

Ah…e desejo a todos um grande 2008, com tudo de bom…e que venham daí mais 366 dias como nós queremos e com quem nós queremos.