22/12/2007

dói-me

Dói-me, a sério que me dói…não conseguir fugir à minha natureza, ter de respeitar unicamente os instintos. Dói-me, muito.

Sei que não sou correcto, a sério que queria mudar. Não consigo! É assim que sou, não sei dizer não, não sei ficar quieto e sozinho no meu canto.

Dói-me pensar que magoei alguém, dói-me saber que me afastei do que queria.

É a minha natureza. Ninguém pede ao leão para não caçar só porque a presa é frágil. O instinto controla, passa perto é para atacar.

Mas já me deviam conhecer, deviam deixar que eu me afundasse, mas sozinho. Quem me dá a mão é arrastado e não é isso que eu quero, isso dói-me, dói-me muito, dói-me porque há quem não mereça.

Eu estou farto, muito farto desta palavra, mas uso-a em alturas como esta ( ultimamente uso-a vezes de mais), DESCULPA. Desculpa, porque eu não sei controlar-me.

Não devia ser assim, eu não devia sentir-me mal só porque sou menos evoluído e tenho necessidades como um animal, há alturas em que o animal controla e eu limito-me a assistir.

É por isto que eu me sinto mal, é isto que me dói, é por isto que eu peço desculpa e infelizmente, é por isto que vou continuar a sentir-me mal, é isto que me vai continuar a doer, é por isto que vou continuar a pedir desculpa…

…mas eu sou assim, um animal.

Sem comentários: